12 janeiro 2007

BRASIL: Morte de cadela vai a julgamento em Pelotas


09 de março de 2005. Pelotas, Rio Grande do Sul. Três estudantes universitários, com idades entre 21 e 22 anos, decidem fazer uma “brincadeira”: amarram a vira-latinha Preta no pára-choque do carro e a arrastam por cerca de cinco quadras. Preta, que esperava filhotes, morreu mutilada. Moradores do local que conheciam e cuidavam da cadela tentaram impedir a barbaridade, mas sem sucesso. A queixa policial foi registrada quase um mês depois, no dia 6 de abril. A tortura seguida de morte, infligida a Preta, gerou comoção e ganhou destaque na mídia. Protestos foram realizados em Pelotas e em outros pontos do país, onde manifestantes exigiram a condenação dos suspeitos envolvidos no caso. Por meio de cartas e e-mails, os defensores dos animais pediram que a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) expulsasse os acusados, o que a instituição negou, alegando que o crime ocorreu fora do campus. O fato resultou na denúncia dos estudantes ALBERTO CONCEIÇÃO DA CUNHA NETO, MARCELO ORTIZ SCHUCH e FERNANDO SIQUEIRA CARVALHO, os dois primeiros com 21 anos e o terceiro com 22 anos na época. ESSE CRIME BRUTAL CONTRA A VIDA ANIMAL IRÁ A JULGAMENTO NOS PRÓXIMOS DIAS. A audiência de instrução e julgamento do processo foi convocada para o dia 15 de janeiro, às 9h30min, em Pelotas. Segundo o jornal Diário Popular, um dos acusados, Alberto Neto, já tem antecedentes por maus tratos contra animal: a morte a tiros de uma cadela Boxer na praia do Laranjal, em 2003. Os três foram enquadrados na lei que trata de crimes ambientais e, se forem condenados, a pena prevista vai de três meses a um ano de detenção, mais multa. As entidades de defesa dos animais estão mobilizadas para garantir a punição dos jovens. "É hora de nos manifestarmos novamente escrevendo ao mppelotas@mp.rs.gov.br para pedir empenho do Promotor no sentido de uma condenação exemplar. POBRE PRETA! NÃO ESQUEÇA DO SEU SOFRIMENTO E EXIJA A PUNIÇÃO DESSES CRIMINOSOS!