06 novembro 2008

Fotógrafo de Zero Hora documenta crime de maus-tratos e espancamento de cavalo em Porto Alegre





Cavalo é vítima de agressão
Animal foi chicoteado na Ilha dos Marinheiros porque se recusou a andar

Ocupado em registrar as conseqüências da cheia do Rio Jacuí sobre moradores da Ilha Grande dos Marinheiros, o fotógrafo Wesley Santos acabou flagrando um crime. Dois carroceiros espancaram um cavalo até que ele caísse, inerte. Um terceiro, o condutor, tentava fazer com que o animal se movesse, à força.
Acena aconteceu por volta das 15h30min de ontem na Vilinha, uma das três existentes na ilha, em Porto Alegre, no lado da pista da BR-290, que vai da Capital ao Interior.
Quem assistiu à cena pensou que o cavalo tivesse morrido depois da agressão, mas moradores afirmam que, logo em seguida, ele se levantou e voltou a conduzir a charrete à qual estava atrelado.
– Ele comeu demais e não queria trabalhar – conta um homem que presenciou a agressão.


Branca se recupera

Égua que tombou ao ser surrada por três jovens na Ilha dos Marinheiros pastava ontem às margens da BR-290

Amarrada a uma corda puída, a égua flagrada na quarta-feira sendo surrada por três jovens, na Capital, ontem passou o dia descansando.
Apesar da tunda de relho que a fez tombar em uma rua embarrada na Ilha dos Marinheiros, Branca aparentemente não apresentava seqüelas graves. Os arranhões no pêlo denunciavam o sofrimento. Pastava em um canteiro de grama na BR-290.
Na tarde de quarta, Branca conseguiu se levantar depois de cair apanhando e seguiu trabalhando até o fim do dia. Seu dono é catador de material reciclável e tem outro cavalo para puxar a carroça. Ontem, foi o dia do outro animal fazer o serviço. Por isso, a égua foi poupada.
As imagens feitas pelo fotógrafo Wesley Santos, publicadas em jornais e sites da Capital, causaram revolta. Em zerohora.com, mais de cem leitores manifestaram indignação com os maus-tratos.
Zero Hora conversou ontem com um dos três jovens responsáveis pelos golpes de chicote. O garoto de 15 anos é primo do dono da carroça, que não foi localizado. Indagado sobre o motivo da surra na égua, o adolescente disse ser “normal”.
– Ela sempre trava quando passa ali. Precisa levar um pau – disse.

“Essa égua é encolhida”

Entrevista: Adolescente de 15 anos, um dos agressores da égua

O adolescente de 15 anos às vezes ajuda seu primo no trabalho de recolher material reciclado pelas ruas da Capital. Na quarta-feira, estava com outros dois jovens em cima da carroça quando a égua Branca não quis mais andar. A seguir, trechos da conversa com Zero Hora.
Zero Hora – Por que vocês bateram no animal?
Adolescente – Ela tava se negando a andar. Ela sempre trava quando passa ali (na Rua Nossa Senhora Aparecida).
Precisava levar um pau.
ZH – Mas vocês não têm pena de machucá-la?
Adolescente – Essa égua é encolhida. Sempre para sair da vila ela pára. Tem que ir puxando ela.
ZH – Vocês batem até ela cair?
Adolescente – Ela nunca cai. Ontem (quarta-feira),= ela escorregou no barro. Por isso, caiu.

PLANTÃO ZERO HORA

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a2274583.xml

PARA COMENTAR NO SITE DA ZERO HORA, ACESSE:

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Email do Ministério Público do Meio Ambiente: meioambiente@mp.rs.gov.br

Geral | 30/10/2008 | 17h42min

Égua espancada na Ilha dos Marinheiros se recupera

Apesar da surra que a fez tombar, Branca aparentemente estava sem seqüelas

Mauro Graeff Júnior | mauro.graeff@zerohora.com.br

O animal flagrado na quarta-feira pelo fotógrafo Wesley Santos sendo espancado por três jovens na Ilha dos Marinheiros, em Porto Alegre, foi localizado nesta quinta-feira pela reportagem de Zero Hora. Apesar da surra que a fez tombar, a égua, batizada de Branca, aparentemente estava sem seqüelas. Pastava amarrada a uma corda em no canteiro entre as pistas da BR-290.

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&section=capa_offline

ZERO HORA

31 de outubro de 2008 | N° 15775

CARTAS

  • Leitores repudiam espancamento

    “Ao ler Zero Hora de hoje, pela manhã como de costume, deparei com uma foto simplesmente revoltante na contracapa do jornal”, afirma Melissa Meyer Leuck, de Igrejinha. “Cena de maus-tratos na Capital”, publicada na contracapa de ZH de ontem, é a imagem a que a leitora se refere. Dois jovens foram flagrados chicoteando uma égua até o animal tombar.
    “O que revolta mais ainda é que esta cena, no mínimo, passará despercebida”, desabafa Melissa.
    Assim como ela, outros leitores escreveram a ZH revoltados com o flagrante. “Esperamos uma legislação mais ativa de proteção aos animais, ou então continuaremos a ver maldades como esta”, prevê Angelita Neves Santos, de São Gabriel.
    “Quando esses trabalhadores se conscientizarão de que são os cavalos que trazem o seu sustento?”, questiona Viviane Maria Pinto, de Porto Alegre. “Os jovens que aparecem nas fotos são protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e não podem ter sua imagem divulgada, e o cavalo, quem o protege?” reclama Liane Stockmanns, de Novo Hamburgo.
    “Onde estão as nossas autoridades, que não solucionam esse problema social, de maneira a atender essa população que vive de catar lixo e, ao mesmo tempo, libertar esses infelizes animais?”, questiona Irene Timm, de Porto Alegre.

OPINIÃO ZH

  • Maus-tratos a animais

    Causou grande indignação a seqüência de fotos publicada ontem neste jornal com o flagrante de jovens espancando uma égua na Ilha Grande dos Marinheiros. As imagens não deixam dúvida sobre a crueldade e a covardia dos açoitadores, que chegaram a provocar a queda do animal. Evidentemente, os responsáveis pela selvageria têm que ser identificados e penalizados de acordo com a Lei de Crimes Ambientais. Mas o episódio não pode servir de pretexto para a condenação de todos os carroceiros, pois muitos deles tratam civilizadamente os animais que os ajudam no sustento diário. Ainda assim, é bom que a população fique atenta e colabore com as autoridades na fiscalização, denunciando sempre que constatar abusos por parte dos condutores de carroças.

ZH ONTEM

  • ZH pergunta a cerca de cem assinantes diariamente qual notícia ou reportagem mais chamou a atenção naquela edição. Não são incluídas seções ou colunas na enquete. As notícias ou reportagens mais citadas ontem foram:
    - Cavalo é vítima de agressão 24,2%

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2275215.xml&template=3898.dwt&edition=11005&section=1003

A Lei que determinada o fim das carroças em Porto Alegre está em pleno vigor.
Passado o período eleitoral, a cidade precisa retomar seu dia-a-dia, até porque a mudança tem que continuar.
Tanto que a mudança tem que continuar, que a EPTC tem que avançar, principalmente cumprindo as legislações vigentes. Uma delas é a Lei do Vereador Melo, que é muito clara e objetiva, senão vejamos alguns dos trechos do texto legal (íntegra ao final desta mensagem):

...
Art. 2º O Programa de Redução Gradativa do Número de Veículos de Tração Animal e de Veículos de Tração Humana estabelecerá:
I – o prazo para a realização, pelo Executivo Municipal, do cadastramento social dos condutores de Veículos de Tração Animal (VTAs) e dos condutores de Veículos de Tração Humana (VTHs); e
...
§ 2º Fica proibido:
I – condução de VTAs e de VTHs por menores de 18 (dezoito) anos de idade;
II – condução de VTAs e de VTHs por pessoa não-habilitada, conforme legislação vigente;
III – trânsito de VTAs e de VTHs não-registrados, conforme legislação vigente; e
IV – condução de VTAs e de VTHs em zona urbana, exceto as previstas nos incs. I e IV do § 1º deste artigo.
...
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de setembro de 2008.

Portanto, já está proibida a condução de carroças por menores de 18 anos em Porto Alegre!
Já está proibida a condução de carroças em Porto Alegre por pessoas que não tem carteira especifica para tanto!
Já está proibido o trânsito de carroças sem placas em Porto Alegre!

Para exercer sua cidadania envie mensagem para:
Gabinete do Prefeito: josefogaca@gp.prefpoa.com.br
Vice-Prefeito (Prefeito em exercício): dreliseu@gp.prefpoa.com.br
Prefeito Eleito: fortunati@spm.prefpoa.com.br
Diretor da Eptc: senna@eptc.prefpoa.com.br
Fiscalização de Carroças: roque@eptc.prefpoa.com.br
Eptc: eptc@eptc.prefpoa.com.br
Comunicação Social: ccs@gp.prefpoa.com.br
156: 156@smgl.prefpoa.com.br

Ministério Público: meioambiente@mp.rs.gov.br e urbanistica@mp.rs.gov.br
Zero Hora: leitor@zerohora.com.br
Correio do Povo: doleitor@correiodopovo.com.br
Vereador Melo: presidencia@camarapoa.rs.gov.br e melo@camarapoa.rs.gov.br
Macedo: macedo@rdgaucha.com.br
Rosane Oliveira: rosane.oliveira@rdgaucha.com.br

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4 Comments:

Blogger Guiga said...

Que absurdo!!

1:18 PM  
Blogger .ana said...

eu li essas reportagens todas, saiu no jornal aqui em caxias tb [lógico, tudo da RBS...].
assim, eu fico sem palavras. do mesmo modo que fiquei indignada com o caso daquele cãozinho que um idiota em santa maria andou arrastando amarrado no carro... ainda bem que conseguiram fazer ele parar e o cachorrinho foi atendido, sobreviveu e está bem.
quem faz isso deveria ser julgado pela população. por mim, que fossem todos linchados.

[eu fico extremamente indignada com isso e com a impunidade: no fim, nada acontece às pessoas, e essas barbaridades continuam acontecendo...]

6:44 PM  
Blogger Rodrigo Arte said...

Boa tarde:

Meu nome é Rodrigo e escrevo do RS.
Encontrei seu blog por uma das imagens chocantes acima... E até gostei de encontrar alguém que pense como eu!
Isso do DIREITO DOS ANIMAIS é uma das coisas mais polêmicas haventes; além de uma das mais ANTIGAS - pois o homem sempre conviveu com bichos.
Se uma pessoa fosse ser descrita/julgada por gostar destes seres tão admiráveis_eu então seria perfeito... Porque não mato nem FORMIGA!
Sem falar que já ajudei entidades que cuidam destas criaturas tão encantadoras, e que infelizmente ainda passam por tanta barbárie.
Tenho um familiar que atuou na área da VETERINÁRIA: e sei do stress que é lidar com donos/gente de má fé_ainda bem que mudou de profissão.
Inclusive, esta presenciou um fato bem desagradável ligado a "maltrato de cavalos": no final de 2005, esta estava saindo da clínica veterinária onde trabalhava com seu marido; e na frente - um carroceiro (adolescente) e um cavalo_este era agredido porque o caiu num bueiro. Ela foi com o cônjuge almoçar num shopping perto da tal clínica e ficou preocupada com a situação e ambos voltaram. Nem preciso dizer que houve uma confusão (o tal meliante lhe disse coisas absurdas, meu ex cunhado chegou a esbofetear o tal lá): sei que saiu uma reportagem num jornal daqui. Fica aquela coisa: o jovem até precisa trabalhar, entendemos... Agora usar um pobre animal? Confesso que quando vejo carroceiros sem bichos sinto um enorme alívio.
Seria isso. E perdão o texto longo. Antes tal fosse de COISAS BOAS mesmo.

Tchau,
Rodrigo

9:24 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eu também odeio carroceiros,toda a vez que vejo um pobre cavalo tenho a sensação de que está morto de sede.

2:32 PM  

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