19 fevereiro 2007


Ontem estive numa pet e vi uma filhote de pitt bull com as orelhas cortadas... A cara de triteza da bichinha era algo de cortar o coração. Hoje, surge a tirinha do Níquel Náusea nas minhas mãos, tratando justamente de um assunto que eu não poderia deixar de lado: a mutilição 'autorizada' de animais.
Poucos consideram o corte de rabos e orelhas como mutilação.Para falar a verdade, até eu ler sobre o assunto há uns 3 anos atrás, nem eu mesma havia parado para pensar no assunto.
Infelizmente, não tenho como recuperar o artigo que li, que dizia que os padrões de todas as raças serão modificados de modo a nenhum animal com corte de rabo e orelhas poder ganhar prêmios em competições que considerem os padrões das raças. Claro que essa movimentação toda começou lá na Europa e vai levar anos até que vejamos seus efeitos.
Entretando, pesquisando na net, achei um artigo do Bruno Tausz, muito interessante que fala exatamente dessa questão. Por favor, vale a pena lê-lo (é só clicar no título deste post para ser direcionado ao artigo). Para quem achar o começo do texto muito técnico, vá descendo até ele começar a falar da história de algumas das raças que têm orelhas decepadas e dos argumentos (furados) utilizados para defender tão dolorosa operação.
O fato é que um dia todas as raças que têm partes do corpo extirpadas por estética só serão consideradas 'padrão' em exposições se apresentarem animais 'inteiros'.
Nada mais de Cockers sem rabo, ou pinscher, ou yorkshires, ou poodles etc. etc. Nem de pittbulls com orelhas cortadas, ou mastins napolitanos, ou dinamarqueses, ou schnauzers etc. etc.
Uma coisa eu garanto: será um mundo muito mais bonito e alegre, com todos os rabinhos acenando de felicidade!
Fora que o rabo e as orelhas são parte fundamental da expressão corporal dos cães. Dia desses mesmo, cheguei em casa e o Sushi estava com as orelhas baixas, o pouco de rabo que tem para baixo, o bumbum recolhido... Fui ver, estava todo babado pois a dona Moira danada tinha dado um 'se liga' nele, provavelmte por causa de um osso. Foi a maneira dele de me 'contar' o fato. Foi sua fofoca de irmão!
Para o azar dele, não dá para brigar com ela sem pegá-la em 'flagrante delito' - pois ela não entenderia - e a Moira ficou impune desta vez, mas em compensação ele ganhou muito colo e ficou sozinho dentro de casa conosco por horas, até já estar todo serelepe novamente.PS.: O Bruno Tausz é um etólogo. Eu já o conhecia como adestrador, mas resolvi ir atrás do significado da tal 'etologia'.
Conceito
Etologia é a ciência que estuda o comportamento dos seres vivos.
Assim, a etologia é uma ciência de pesquisa do comportamento, de maneira que o etólogo necessita de muita paciência, pois seus estudos dependem de muita observação.
A observação pode ser:
- com o animal em cativeiro;
- com animal na natureza.
Em vista da interferência do estresse do animal em cativeiro, seu comportamento, pode ter interferência com distorção comportamental devido a algum grau de "perturbação mental".
Já com o animal livre na natureza, em seu habitat natural, seu comportamento é original, influenciado apenas pelos seus instintos e pelas condições de seu ambiente, fornecendo ao etólogo campo de pesquisa mais fidedigno com o comportamento natural.
A Etologia envolve estudos do comportamento, instinto animal, aprendizado, linguagem, padrões comportamentais da espécie etc.
Sites
- http://webs.uvigo.es/c04/webc04/etologia/SEEeng.html
- http://www.etologia.ufv.br/