26 fevereiro 2007

''matança'' de jacarés recomeçou no Pantanal

Ambientalistas alertam que ''matança'' de jacarés recomeçou noPantanal

Ambientalistas, fazendeiros e proprietários de pousadaslocalizadas às margens da Transpantaneira, que se inicia no município dePoconé (110 km de Cuiabá), advertem que "a mat6ança de jacarés" já recomeçoudepois que o governo do Estado decidiu "fechar" o posto de fiscalizaçãolocalizado no quilômetro 17 daquela rodovia e com a extinção do Batalhão daPolícia Ambiental.
No começo da noite de ontem, dois donos de pousadas,confirmaram, por telefone, que vários jacarés foram "abatidos" por"coureiros", caçadores profissionais que estavam praticamente extintos desdeque o governo decidiu impor uma rígida fiscalização para coibir a caçapredatória. Este fato, aliás, provocou até uma super população de jacarés(com exceção do jacaré de papo amarelo, que continua em grave risco deextinção).
Na semana passada, os ambientalistas e donos de pousadascolocaram uma faixa no posto "desativado", segundo eles, com a seguintefrase: "Está tudo liberado". Uma clara alusão de que as atividadespredatórias seriam retomadas pelos "velhos caçadores" da região.
"E desativar o posto de fiscalização do Km 17 em plena Piracemafoi uma decisão desatinada, sem lógica e que precisa ser revistaimediatamente, porque os pescadores ilegais fazendo chegar o pescado emCuiabá facilmente com o "afrouxamento" da fiscalização. Se o governo tinhaintenção de ampliar a fiscalização, extinguindo o Batalhão Ambiental, oefeito está surtindo efeito contrário", disse um dos que "assinaram" a faixade protesto, que foi logo retirada por "policiais militares".
Os ambientalistas advertem ainda que os "traficantes de animaissilvestres e os biopiratas também adoraram" a decisão governamental defechar o posto de fiscalização e da extinção da polícia ambiental. "Agorasim, está tudo como eles (os traficantes e biopiratas" querem. O tráfico vaiganhar fôlego novamente", vaticinou outro proprietário de uma pousada,segundo o qual "basta as autoridades fazerem uma checada no local para veras carcaças dos animais abatidos".
Além disso, os donos das fazendas alertam que a região está semuma proteção fitosanitária "adequada", pois os animais (boi em pé) estãosaindo sem um controle mais rigoroso. "Outro fato que é lamentável", ponderaum criador da região.

Autor: Olhar Direto ( - - - )

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