Faculdade de Medicina do ABC é a primeira no País a proibir experimentação com animais vivos na graduação
Prática é proibida por lei, porém comum em todo o País
A Faculdade de Medicina da Fundação do ABC proibiu o uso de qualquer animal vivo nas aulas de graduação. Portaria em vigor desde 17 de agosto coloca a instituição como primeira no País a abolir completamente essa prática, que agora fica liberada somente para pesquisas inéditas, com relevância científica e previamente aprovadas pelo CEEA - Comitê de Ética em Experimentação Animal da FMABC.
Apesar de comum em faculdades e universidades com graduações em saúde, a experimentação animal é proibida por lei “sempre que existirem recursos alternativos”. Nos Estados Unidos, instituições de renome como Harvard, Yale, Stanford e Mayo Medical School há tempos não utilizam animais no ensino médico. “Existe movimento mundial para substituição do uso de animais na graduação por outros modelos. Atendemos solicitações de diversos docentes e alunos e resolvemos tentar, para posteriormente termos opinião definitiva. Quanto à pesquisa, as práticas continuam inalteradas. Nesse caso, até que se prove o contrário, o modelo animal é insubstituível”, explica o Diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Luiz Henrique Paschoal.
A substituição de animais por métodos alternativos chega a 71% em instituições de ensino superior da Itália. Além disso, 68% das escolas médicas norte-americanas não usam animais em cursos de farmacologia, fisiologia ou cirurgia. “Usar animais vivos é prática cruel e desestimula o aluno. O estudante de graduação aprende e incorpora informações sem necessidade de subjugar outro ser vivo”, acrescenta a professora da FMABC e membro do CEEA, Dra. Odete Miranda.
As alternativas para substituição de animais vivos vão desde softwares (programas de computador) e bonecos até auto-experimentação, uso de animais quimicamente preservados e incorporação dos cursos básicos à prática clínica – quando o aluno passa a aprender com casos reais, em seres humanos. “Nossa missão é formar médicos humanos, mais envolvidos com o paciente e sensíveis à dor do próximo. Evitar que o aluno seja coadjuvante da morte ou do sofrimento de animais melhora o aprendizado, pois elimina o estresse do sentimento de culpa, além de incentivar a valorização e o respeito por toda forma de vida. Isso certamente será refletido na relação médico/paciente após a formação acadêmica”, completa Dra. Nédia Maria Hallage, professora da FMABC e membro do Comitê de Ética em Experimentação Animal.
Para a Dra. Odete Miranda, a continuidade da experimentação animal no País tem como principais motivos tradição e resistência a mudanças, desconhecimento de métodos substitutivos e atraso tecnológico: “O Brasil está quase dois séculos atrás de países europeus e dos Estados Unidos”, garante. Em relação à economia, a Dra. Nédia Maria Hallage considera mito achar mais barato a morte de animais: “É comum pensar que matar animais sai mais barato que investir em tecnologia alternativa. Para utilizar animais no ensino é necessária manutenção ética, que implica em alimentação digna, funcionários habilitados, controle de zoonoses e estrutura própria no biotério para cada espécie. No caso do investimento em bonecos ou softwares, são todas técnicas duráveis, que abrangem maior número de alunos e que substituem animais em diversos temas de aulas”, completa Dra. Nédia.
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5 Comments:
Seus idiotas... Vão vcs então ser cobáias. Seus cabeças de amebas, não imaginam o quanto estão feando os avanços da ciência para salvar vidas humanas.
Quero dar os parabêns a faculdade de medicina do ABC,por esta atitude nobre e inteligente de acabar com esta horrenda pesquisa feita em animais.A prática da vivissecção!A faculdade de medicina do ABC paulista ,teve a nobre atitude de mudar este paradigma insipiente(insensato),de que a prática da vivissecção(experiência em animais),é feita em prol da ciência para a melhora da saúde do ser humano.Sabemos que em pleno século XXI ,podemos através da informática,fazendo o uso de software.Fazermos pesquisas científicas de excelente qualidade ,com muito mais proveito ,e a longo prazo com menos gastos financeiros!Quero mandar um forte abraço a todos os diretores ,e demais responsáveis pela "Faculdade de Medicina do ABC de São Paulo.Que Deus os abençoe.Desejo de "coração" muita prosperidade aos dirigentes.,docentes., e aos discentes(alunos)!São atitudes nobres como estas ,que fazem encher de orgulho um brasileiro como eu ,que sonha em ver uma pais como o nosso,que venha a cada dia mais,ser mais justo! Espero que outras faculdades de medicina e afins.E demais orgãos de pesquisa que usem animais.,sigam este belo exemplo da "Faculdade de medicina do ABC paulista,e parem com esta horripilante prática da vivissecção em animais!
parabens, nao é nada humano e ético tirar vidas de animais en prol da medicina, a outras maneiras tao eficientes quanto essas.
as faculdades en geral deverian adotar essa mesma forma de ver e pensar.
parabens de verdade.
Ao nosso primeiro "colega",isso não atraza a evolução e sim prova que cada vez mais estamos ficando para trás,pois se caso os experimentos fossem feitos em celulas humanas ao inves de animasi as curas seriam infinitamente mais rapidas....assim como o animal não tem escolha,entendemos que sua mãe tbem não teve ao dar á luz á vc,um ser que se julga inteligente e concorda em fazer sofrer alguem inocente...se ponha ao menos uma vez no lugar dos animais,tente pelo menos....Deus lhe deu o dom da fala e de pensar,mas vc prova que de nada isso lhe adianta...que pena....
Parabéns pela evolução científica e humana dos pesquisadores da FMABC! Infelizmente as técnicas substitutivas ainda continuam no anonimato para muitas pessoas, tanto estudantes da área da saúde como para os leigos. Parabéns pro carinha que postou ai em cima sobre a opnião pobre e errônea do Carlos e sobre o Carlos! Concordo com vc que está no anonimato! Como avanço da ciência?! se não somos tão evoluidos como seres HUMANOS!
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