27 setembro 2007

O problema dos ovos


Poucas fazendas hoje em dia são igual àquela imagem que se tem das fazendas antigas: um lugar aprazível, tranquilo, com uma manada de galinhas cercadas de pintinhos ciscando, supervisionados pelo galo empoleirado no alto do celeiro.

Essa imagem não tem mais nada de real. As fazendas que abastecem as grandes cidades não são mais controladas por pessoas simples do interior.

Fazenda agora é um grande negócio. Os métodos de linha de montagem e a entrada de grandes empresas transformaram o campo em "agribusiness". Os pequenos produtores têm que adotar os mesmos métodos que as grandes empresas ou então fecham seu negócio.

O "agribusiness" é uma atividade competitiva em que não há mais lugar para sentimentos ou integração com plantas, animais e com a natureza. Os métodos adotados cortam custos e aumentam a produção. Animais são tratados como máquinas que convertem rações baratas em carne, ovos e leite mais caros.

Sob esses métodos, os animais vivem vidas miseráveis do nascimento ao abate. As galinhas têm a má sorte de servirem aos humanos de duas maneiras: pela sua carne e pelos seus ovos.

O grau de confinamento ao qual a galinha poedeira está sujeita é extremamente alto e impõe severas restrições ao seu comportamento normal. Normalmente, são usadas gaiolas contendo 2 ou 3 aves medem de 30 a 35 centímetros de largura por 43 de comprimento (menos que uma página de jornal aberta).

Sob tais condições, as aves não podem esticar suas asas, nem se mover sem esfregarem-se umas nas outras ou se levantar totalmente no fundo da gaiola (o chão da gaiola é inclinado para o ovo rolar em direção à calha coletora).

Grande parte do padrão de comportamento normal é frustrado pelo engaiolamento. O comportamento de acasalamento, incubação e cuidado com os pintinhos é impedido e a única compulsão reprodutiva permitida é o pôr dos ovos. Elas não podem voar, ciscar, se empoleirar nem andar livremente. É difícil para a galinha, limpar suas penas e é impossível se "sujar" com terra. [Brambell Report]

Quando os produtores, a fim de aumentar os lucros, decidem aumentar o número de galinhas por gaiola, as galinhas ficam extremamente neuróticas, chegando ao canibalismo, mesmo que se aumente o tamanho da gaiola. Entre as galinhas existe uma hierarquia que fica impossível estabelecer com tão grande quantidade de galinhas em um espaço mínimo.

Em alguns casos, o número de galinhas chega a 9 galinhas por gaiola.

Devido ao estresse que as galinhas enfrentam, elas disputam a hierarquia entre si à bicadas. Isso causa prejuízo aos avicultores, e é a principal motivação para o corte da ponta dos bicos das aves feita com uma lâmina aquecida. Essa lâmina é aplicada na ponta do bico das aves, por onde correm vasos sanguíneos, causando dor intensa. O desbicamento é feito duas vezes na vida de uma galinha: logo após o nascimento e logo antes da época de pôr os ovos.

Para poupar em salários, não há funcionários dedicados a cuidar das aves que adoecem.

O chão das gaiolas é de arame, o que facilita a limpeza das vezes que caem por entre as grades e se acumulam no chão durante meses (causando um cheiro insuportável), mas causa desconforto durante toda a vida da galinha. É comum os criadores - quando se incomodam de averiguar - detectarem algumas galinhas cuja pele do pé cresceu em volta da grade, mantendo-as presas.

Quando a produção de ovos declina, o avicultor tem duas alternativas: ou vende o lote para o abate, ou força a perda de penas sazonal. A perda de penas sazonal é um processo fisiológico natural, onde as penas das galinhas caem e penas novas crescem no lugar. Depois da renovação das penas, as galinhas tendem a pôr ovos com maior frequência.

O avicultor provoca essa reação fisiológica de maneira artificial, por meio de um choque biológico: por dois dias, as galinhas não terão nem água, nem alimento. Ao mesmo tempo, a iluminação, que costuma ficar ligada 17 horas por dia para estimular a produção,

é cortada abruptamente para 4 horas por dia. Depois dos dois dias, a água é restaurada e o alimento volta no dia seguinte. A luz volta ao normal depois de algumas semanas. As galinhas que sobrevivem ao choque - muitas morrem - são mantidas em produção por mais 6 meses.

Em alguns casos, as galinhas "gastas" não têm direito nem à última refeição. Para economizar em ração, o avicultor suspende o alimento 30 horas antes do abate, já que o abatedouro não paga pelo alimento que fica no aparelho digestivo.

FONTE:http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index

PROTESTO MUNDIAL ANTI-PELES


É justo matar para vestir?
Vestir-se com peles de animais é imoral e injustificável. A indústria da moda tem ao seu alcance peles sintéticas tão bonitas e até melhores que as peles verdadeiras, em termos de uniformidade e durabilidade. Apesar dos protestos mundiais, alguns estilistas insistem em manter peles naturais em suas coleções.
Por esse motivo, o Grupo “Pelo Fim do Holocausto Animal”, membro da International Anti-Fur Coalition realiza, no dia 3 de novembro (sábado), protesto contra o comércio de peles - realizado simultaneamente em mais 11 países (Israel-Estados Unidos-França-Inglaterra-Chile-Irlanda-Portugal-Bélgica-Espanha-Estônia-Finlândia).
No Brasil, apesar do clima tropical, dezenas de lojas comercializam roupas confeccionadas com peles de animais. Nosso país também ocupa o vergonhoso primeiro lugar na exportação mundial de peles de chinchila, conforme divulgado no site do fabricante.
Confira:
e acompanhe aqui o processo de abate
Apesar de as lojas listadas abaixo estarem apresentando suas coleções primavera/verão 2007/2008, todas comercializaram artigos de peles neste inverno. Saiba quem são:
Nacionais:
Eugenia Fleury, Le Lis Blanc, Fillity, Lita Mortari, Mixed, Parresh, Reinaldo Lourenço, Bob Store, Mixed, Doc Dog, Gloria Coelho, Zion, Lenny, M.Officer, Rosely Alves, Huis Clos, Marie Claire, Lucy in the Sky, Polignanno al Mare, ACSA, Daslu.
Internacionais que estão no Brasil:
Versace, Armani, Dolce & Gabanna, Louis Vuitton, Cristian Dior, Valentino, MaxMara, Mônica Rindi, Gucci, Blumarine, Fendi, Burberry, Vertigo.
Realização:
International Anti-Fur Coalition
3 de Novembro
Local: Av. Brig. Faria Lima, 2232 (em frente ao Shopping Iguatemi)
Horário: 10h

10 setembro 2007

LIBERTAÇÃO ANIMAL JÁ

Temos o direito de matar animais para nos alimentarmos.

Temos o direito de usar animais como cobaias em nosso benefício.

Temos o direito de capturar animais de seu habitat e aprisioná-los em jaulas e gaiolas ou explorá-los em arenas e picadeiros para nosso divertimento.

Temos o direito de arrancar-lhes a pele ainda vivos para satisfazer nossa vaidade.

Temos o direito de usá-los como brinquedos e abandoná-los à própria sorte quando cansamos da diversão.

Temos o direito de ser livres e respeitados, mas esquecemos que eles têm os mesmos direitos que nós.

Se não podemos mudar o passado, temos o dever de transformar o presente, restituindo-lhes, principalmente, o direito de serem livres, o direito de viverem sem sofrimento, o direito de serem respeitados incondicionalmente.

Não haverá conquista da liberdade sem luta.
Junte-se a nós pelo fim da escravidão animal.

http://www.holocaustoanimal.org/

Pit bulls não são naturalmente ferozes, garantem especialistas


Os cães da raça pit bull, temidos pela suposta ferocidade, não merecem a fama de violentos, garantem os especialistas. Segundo eles, essa raça não é mais brava que outras como rotweiller e doberman.

“Uma das raças que mais se atende em clínica hoje é o pit bull. E a grande maioria deles são mansos. Eles não impõe problemas é raro que sejam agressivo”, diz o veterinário Luiz Henrique Filippi, da Comissão de Ética do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo, que mantém uma clínica há 21 anos.

O professor Marco Antônio Gioso, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), concorda. “Está cheio de registro de acidentes gravíssimos envolvendo outras raças. Tem pincher que arranca dedo de criança. Mas as pessoas ficam ‘encanadas’ com o pit bull, porque ele é muito forte.”

Segundo os especialistas, o comportamento violento de alguns cães pode ser explicado pela genética. “Como qualquer outra raça, o pit bull pode ser acasalado para ficar bravo ou calmo. Como alguns criadores só querem cachorros bravos, só cruzam animais assim. Aí, vamos ter uma linhagem de pit bulls bravos.”

O comportamento dos donos também vai ser determinante para a formação da personalidade do cachorro. “Não se deve esticá-lo, provocá-lo. Senão, ele fica neurótico e a neurose dele extrapola para ira”, diz Filippi. “Tenho vários clientes que têm pit bull. Tratado com carinho, entre crianças, ele é um cachorro normal”, completa.

Abandonados

Dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo, responsável pelo controle de animais domésticos na capital, confirmam a opinião dos especialistas. Neste ano, dos 645 cães detidos após ataques, 77 eram pit bulls. A maioria deles era vira-latas.

Ficar solto na rua tem sido o destino de muitos pit bulls. De acordo com levantamento do CCZ, o número de cães desta raça abandonados cresceu 95 % entre 2006 e 2007.

Se comparados apenas os dados dos anos de 2005 e 2007, o aumento foi de 243%. O principal motivo seriam as recentes notícias de ataques. Em muitos casos, as vítimas são os próprios donos.

Foi o que aconteceu com uma menina de 6 anos, que está há quase uma semana internada em um hospital de Santo André, no ABC, depois de ter sido mordida pelo pit bull da família. Ela teve lesões em todo o corpo e respira com a ajuda de aparelhos.

Em 2005, o CCZ recebeu 180 pit bulls. No ano seguinte, foram 352. Até agosto de 2007, o número já chegava a 619.

Para se ter uma idéia, o registro de rottweilers recolhidos até junho deste ano foi de 238 cachorros. Apesar disso, segundo o veterinário Arquimedes Galano, que trabalha no CCZ, a maioria dos cães abandonados não tem raça definida. Mesmo assim, o pit bull é o mais temido.

“Em cada ataque que ocorre, principalmente com crianças, as pessoas ficam com medo e simplesmente abandonam os animais. Acham que ele vai atacar na própria casa, o que acaba virando uma paranóia nacional”, explicou o veterinário.

De acordo com ele, a criança é o alvo preferido dos pit bulls. “Como ela brinca, coloca a mão na boca do cachorro, ele entende como um desafio. Normalmente ataca no rosto para mostrar dominância”, disse Galano, que não recomendou às famílias com filhos a criação de cães da raça pit bull. “Ele tem de ser bem adestrado”.

O analista de suporte Gustavo Ferreira, de 26 anos, sabe disso. Há dois anos, cria Thor, um pit bull de cor caramelo, que passou por adestramento. Porém, somente para obedecer ao dono. “Ele fez adestramento, mas não socialização com crianças e outros cães. Isso é um problema, porque ele vê a criança como uma caça e tenho de tomar cuidado”.

Ferreira rebateu a idéia de um dia ter de abandonar seu cachorro. “Não tenho motivo para isso. Ele é dócil, tranqüilo”, afirmou. Ele defendeu a punição dos donos e não do animal em casos de ataque. O analista também condenou a violência contra o bicho de estimação. “Ele vai respeitar o dono por medo. Um dia vai acabar atacando”.

Ataques

Os cães com histórico de agressão encaminhados ao CCZ ficam isolados em canis por dez dias. É o tempo em que poderiam se manifestar os sintomas da raiva, doença transmitida pela saliva do cachorro.

Os outros animais que vão para lá também têm um período de observação e, caso o dono não seja encontrado, são levados para adoção. A prática da eutanásia é aplicada em último caso – quando o cão é muito agressivo e não tem condições de voltar para o convívio social ou se está com uma doença incurável.

Por ano, os veterinários do CCZ calculam receber, em média, 16 mil cães. São animais abandonados por serem bravos, doentes ou até mesmo pela falta de dinheiro dos donos. Em alguns casos, eles se desfazem do bicho de estimação por não ter espaço para criá-los de forma adequada.

Thor teve sorte. “Ele ia ser adotado. Quando o vi em uma caixa, cheio de pulga e embolado em um jornal, resolvi ficar com o cachorro”, afirmou Ferreira. Inofensivo, na época o cãozinho tinha apenas 40 dias.

Fonte: http://gazetaonline.globo.com/capa/capa.php

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